A variedade na culinária árabe é muito grande. Suas especiarias vão desde confeitaria até receitas em que o ingrediente principal é o carneiro. Os árabes também são famosos pela sua panificação, e o pão sírio é um exemplo disso.
De raízes milenares, a cozinha árabe nos proporciona grandes técnicas e ensinamentos de como lidar com cada ingrediente, tempero e bebida. Desde a época mesopotâmica essa culinária com forte personalidade ainda reflete na atual gastronomia da região.
Os primeiros hábitos alimentares da população do território da Arábia se baseavam em trigo, cevada, tâmaras, carne, arroz e alguns produtos derivados do leite que eram similares ao nosso iogurte. Conforme os povos semitas indígenas que vinham da península avançavam para o Oriente Médio, os ingredientes da comida árabe ganharam maior diversificação.
Há relatos de que a origem da culinária dessa região se deu por meio das civilizações que povoaram o território chamado de “crescente fértil” que refere-se à região da antiga mesopotâmia entre os rios Tigre e Eufrates. Hoje essa região é o Iraque. Sendo assim, a gastronomia desses povos influenciou os países ao seu redor, que é a Pérsia, Creta e Egito.
Dessa forma, a proximidade com esses dois rios permitia a prática de pesca e o cultivo de legumes, frutas e cereais por meio da irrigação, além da criação de gado para retirada do leite que servia para produzir coalhada e seus derivados.
O cozimento era feito em uma espécie de cúpula, que também amaciava os alimentos com o vapor que se concentrava dentro do forno — principalmente quando as massas de pães eram assadas. Os tachos e panelas eram feitos de bronze ou barro. Para cozimentos mais pesados, lentos e em grande quantidade eram usados caldeirões.
Os utensílios usados no preparo dos alimentos determinavam a técnica e o tempo de cozimento para cada tipo de prato. Com isso, podemos perceber que esses povos eram muito organizados na alimentação, conservação e preparo de cada alimento.
Talvez muitas pessoas não saibam, mas o quibe, muito consumido em festas, é um prato típico árabe e um dos mais conhecidos no Brasil. Originalmente, pode ser assado ou frito e feito com triguilho, conhecido como trigo de quibe. Esse trigo é misturado em cebola e carne de boi moída. Para dar o toque característico da culinária árabe são acrescentados hortelã e limão para temperar no momento de ser servido.
É um prato típico libanês e servido como aperitivo ou antes das refeições. Sua preparação é feita com o trigo para quibe, tomate, pimenta, cebola, hortelã, salsa, limão e ervas típicas. É considerado uma salada e consumido em cima de folhas de alface.
Também muito famosa no Brasil, a esfirra pode ser servida e consumida aberta ou fechada. Estão disponíveis diversos sabores, como queijo e espinafre, entretanto, o mais comum e típico é de carne vermelha temperada com cebola, tomate e molho tahine feito com base de gergelim.
É um tipo de purê feito a partir de berinjela temperada com molho tahine, azeite e alho. Para isso, a berinjela é assada ou grelhada e, posteriormente, mistura-se suco de limão. É consumido acompanhado por pão ou usado no preparo de outros pratos. Facilmente encontrado na Síria, Líbano, Egito, Israel e Jordânia.
Homus em árabe significa grão-de-bico. Esse prato é uma pasta feita com grão-de-bico cozido e amassada com azeite, tahine, suco de limão, alho e sal. Também é acompanhado por pães ou misturado em sopas, cozidos, ensopados e outros tipos de pratos quentes.
Usado como acompanhamento para carne, o arroz sírio é feito com sal e manteiga. Depois de cozido é misturado em macarrão bem fino, o cabelo de anjo. É um prato muito popular e podem ser encontradas diversas variações, como misturado em grão-de-bico e amêndoas.